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Perspectivas para o Comércio Exterior em 2023

19 de dezembro de 2022

PERSPECTIVAS NO BRASIL

ECONOMIA

  • Desaceleração do crescimento econômico em razão dos seguintes fatores:
  1. deterioração do cenário externo, com menor crescimento, dólar forte, menor liquidez e preços de commodities mais baixos;
  2. efeito defasado do aperto monetário realizado pelo Banco Central do Brasil; e
  3. necessidade de colocar um freio no aumento dos gastos públicos primários, que este ano devem ficar cerca de R$ 200 bilhões acima do previsto pela regra do teto de gastos
  • Com estes fatores sendo enfrentados, a expectativa é de que o Banco Central comece a reduzir a SELIC em algum momento no primeiro semestre do próximo ano.
  • Desonerações fiscais adotadas para a redução nos preços dos combustíveis precisarão ser revistas, o que deve fazer com que os preços dos combustíveis se elevem.

INDÚSTRIAS

  • Um dos grandes desafios em 2023 será reverter o movimento de desindustrialização em atenção às preocupações sociais e ambientais;
  • A reversão do movimento de desindustrialização deve fortalecer o caráter exportador da indústria brasileira e equilibrar as importações de bens de capitais e de insumos.

 

PERSPECTIVAS NO MUNDO

COMÉRCIO EXTERIOR

  • Restrições a importações: Membros da OMC ainda mantêm em vigor restrições à exportação de alimentos, rações, fertilizantes e de produtos essenciais para combater a COVID-19;
  • Responsabilidade sócio-ambiental: Maior preocupação com medidas em prol do meio ambiente, inclusive em produtos importados;
  • Facilitação de Comércio: A crise global criada pela pandemia da COVID-19, o bloqueio do Canal de Suez e a guerra na Ucrânia afetaram negativamente centenas de cadeias de abastecimento. Há necessidade de novas medidas visando a desburocratização da importação e da exportação em diversos setores;
  • Acordos de livre comércio: A celebração do Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) com a Aduana Americana oficializando a parceria entre seus Programas de Operador Econômico Autorizado (OEA) deve ser seguida por acordos com outros países e blocos; OMC: A necessidade de reforma da OMC ficou em segundo plano em razão da pandemia. Essa questão deve ser retomada em 2023.